de: Eliesér Toretta Zen e Douglas Christian Ferrari de Melo
"Esse caderno que ora o leitor recebe em mãos, por si só já seria importante. Porém, ele se torna ainda mais fundamental, quando as disciplinas das ciências humanas recebem ataques do Estado, seja na sociedade política ou na sociedade civil, com a reforma do “novo” ensino médio e a Base Nacional Comum Curricular, que diminui consideravelmente a carga horária de história, sociologia e filosofia. Querem castrar o espírito crítico de nossos jovens para que aceitem, amanhã, sem contestar os empregos precários. Portanto, isso não por acaso, é um projeto de mutilação do humano. Ensinar filosofia requer conhecimento, estudo, leitura, afeto, mas também uma pitada de chão da história. Estamos encravados no chão da história. É dela que vem o trabalho humano que se materializa na cultura. Ao mesmo tempo, estamos imersos na realidade, ou seja, precisamos integrar o ontem e o hoje para que o humano possa formar-se e ter esperança no amanhã! Assim, seguindo os passos do pensador sardo Antonio Gramsci, integramos a filosofia com a história, produzindo uma história filosófica ou uma filosofia histórica. Integrando filosofia e literatura, os autores, nos revelam, a arte de ser professor. Sim, ser professor é uma arte, pois envolve criatividade, afetividade e amorosidade (Freire) na relação com seus estudantes e na mediação do conhecimento. Nesse sentido, apresentamos ao fim do livro um conjunto de materiais, músicas, livros, filmes e sites para aprofundamento dos temas estudados. Tudo pode ter um uso pedagógico, mas isso só acontece diante do professor e sua intencionalidade formativa em ensinar a arte de formar-se."
