Saga Cigana, Déborah Sathler, 218 páginas.
Sinopse:
Saga Cigana - História oral de vida: identidade e gênero é uma pesquisa em que todas as etapas metodológicas foram norteadas pelo conjunto de procedimentos que envolvem a história oral do NEHO| USP. Os textos resultantes das entrevistas com as histórias de vida dos sujeitos de diversas etnias ciganas constituíram o corpus documental, bem como o estudo historiográfico do segmento e o embasamento teórico. A partir das narrativas construídas em processo de colaboração, pretendeu-se abordar questões ligadas à história do tempo presente, que tem como eixo as negociações identitárias e relativas ao gênero, geração, tradição e originalidade. Desta forma, foram discutidos temas como a chegada dos ciganos no território brasileiro com o degredo colonial, o “ser” cigano, suas negociações culturais, as identidades híbridas, a cultura do patriarcado no segmento, os conflitos étnicos, a originalidade da cosmovisão cigana, o isolamento no Rio de Janeiro e a negociação com a Umbanda no Brasil.
Minibio da autora:
Déborah Nicchio Sathler Ferreira é colatinense, é jornalista, oralista, produtora na área de cultura e professora. Possui mestrado em Humanidades, Culturas e Artes, é pós-graduada em Gestão de Comunicação e Educação no Ensino Superior, e Doutoranda, como aluna especial, em Arte e Cultura na Ufes. Servidora pública, atua como produtora da TVE / TV Cultura e professora de Comunicação e Diversidade Cultural para programas de capacitação da ESESP- Escola de Serviço Público do ES. É produtora executiva e curadora de projetos de arte, educação e direitos humanos. Ativista em defesa das culturas tradicionais e engajada na causa da liberdade religiosa, sua linha de pesquisa é identidade, gênero e etnia e sua dissertação teve como tema “História oral de vida: identidade e gênero no segmento cigano”. Teve como orientador o historiador Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy, pioneiro nos estudos em História Oral no Brasil. Déborah define-se como uma estimuladora de voos próprios e alheios, como uma mulher que nasceu para as escutas na tentativa de compreender as margens que beiram o universo das oralidades. Sente-se realizada com a missão que escolheu de labutar para amplificar vozes, narrativas humanas, por meio do registro da memória e identidade social.