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Descrição

de Jorge Elias Neto.

 

A epígrafe de Nhô Morgão revela o lusco fusco de um horizonte sem promessas. O poeta ator - doado, com passos errantes, desanda o lôbrego caminho do século XXI. Descendo ao porão de ossos, sente o desconforto da irrespirável reali - dade. No silêncio das cinzas, caminha sobre des - troços na paisagem morta. Sóbrio diante do naufrágio da nau catarineta do apocalipse, vê a asfixia dos peixes, sorte amarga e dura. Mas a poesia sobrevive a cada corpo que tom - ba. Enquanto as páginas e os carrosséis estiverem repletos de sonhos, o poeta enunciará um mundo diferente, curando a paralisia dos que não sonham. Contra o niilismo da arquitetura do vazio e o infor - túnio próprio da falta de sentido, a melodia da poe - sia espalha a seiva do desassossego e os estilhaços de eternidade – surpresa desentendida que rege as cordas despercebidas do Mundo. Deixe esta orelha escrita com versos roubados e leia este livro potente que, com palavras instáveis como sombras, pode ser lido como um bunker con - tra a asfixia do desespero ou como um réquiem para o assombroso século XXI.

 

- Vitor Cei